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  • Fraternidade Agostiniana Leiga

24 de Abril : Dia da Conversão de Santo Agostinho.


“A família agostiniana celebra com solenidade no dia 24 de abril a festa da Conversão de Santo Agostinho, uma data com profundo sabor pascal que traça muito bem o processo vivido pelo santo: uma caminhada autenticamente pascal que culminaria com seu batismo na noite da Páscoa de 387, com a idade de 33 anos.


O caminho percorrido pelo santo de Hipona até a fé católica foi longo, penoso e também tortuoso. Pode-se dizer, na verdade, de várias conversões de santo Agostino. Outra maneira de ver a conversão do Bispo de Hipona é considerá-la como uma só conversão, mas vivida em várias etapas bem diferenciadas”. (http://www.santarita-oar.org.br/index.php/santo-agostinho/conversao)


Agostinho sentia seu coração vazio, inquieto. Não era feliz. Procurou a felicidade em muitos lugares, mas não a encontrava. Seu coração inquieto não achava a verdade e a paz que desejava. Em sua busca pela verdade conheceu o neoplatonismo e o Maniqueísmo onde pretendia alcançar as respostas para as angústias que o atormentavam.


Desiludido com Fausto, bispo maniqueísta e por entender que a doutrina dos maniqueus era destituída de argumentos satisfatórios, Agostinho, afastava-se gradativamente da seita e uma vez que ainda não estava seguro quanto a fé que deveria abraçar, deixou Cartago e foi para Roma, na expectativa de que lá encontraria um ambiente mais promissor para lecionar. Em Roma, começou a ensinar retórica e aos poucos foi adquirindo prestígio através de seus alunos que o tinham em alta conta. Ao saber que Milão tinha pedido que Roma os enviasse um professor de retórica, Agostinho falou com alguns amigos e conseguiu o emprego.


Em Milão, Agostinho encontrou o bispo Ambrósio, conhecido como o melhor de todos os Oradores. Impressionado com a eloquência de Ambrósio, Agostinho passou a acompanhar seus discursos, acabando por concluir que os argumentos da fé católica eram imbuídos de verdade e oponíveis aos pontos de vista do maniqueísmo. Tal fato, lhe deu segurança para abandonar em definitivo as ideias e a seita maniqueísta:

"Assim, duvidando de tudo, à maneira dos acadêmicos,

flutuando entre todas as doutrinas, resolvi abandonar os maniqueus"

“Resolvi então permanecer como catecúmeno na Igreja católica,

conforme o desejo de meus pais, até que alguma certeza viesse apontar-me

o caminha a seguir".

(AGOSTINHO, Santo, Confissões; Edições Paulinas, 2º edição – 1986, São Paulo. Pág.126)


Até seu batismo na Páscoa de 387, Agostinho se aprofundou na doutrina católica, assistiu os sermões de Ambrósio e conheceu as histórias de outras pessoas que antes se posicionavam contra a igreja e que agora tinham sido batizadas. Agostinho leu sobre a conversão de São Paulo e também ficou sabendo da conversão do filósofo Vitorino através de Simpliciano (Confissões, livro VIII – 2, 3). Porém, a despeito da fé que se descortinava, Agostinho hesitava em se batizar, pois ainda estava muito envolvido com as coisas do mundo:


"Ficava preso às mais insignificantes bagatelas, às vaidades

das vaidades, minhas velhas amigas que me solicitavam a

natureza carnal, murmurando: 'Tu nos vais abandonar?'

E também: 'De agora em diante, nunca mais estaremos contigo'.

E ainda: 'De agora em diante, não poderás mais fazer

isso e aquilo'! [...] Sentia-me envergonhado por ainda dar ouvidos

ao sussurro daquelas tolices, e indeciso hesitava".

( AGOSTINHO, Santo, Confissões; Edições Paulinas, 2º edição – 1986, São Paulo. Pág.211)


No Verão de 386, após ouvir a história de vida de Santo Antão do Deserto, que lhe fora contada por Placiano e seus Amigos , Santo Agostinho se converteu. Em sua obra Confissões, o Mestre da Igreja declina que em Cassicíaco, seus ouvidos foram tomados por uma voz infantil que sussurrava ... “Tolle , Lege”, (Toma e lê), que parecia lhe indicar que abrisse o livro sagrado e lesse a primeira coisa que encontrasse . Agostinho abriu a Bíblia num trecho de São Paulo conhecido como “transformação dos crentes”, que trazia o seguinte ensinamento:


«Andemos honestamente como de dia, não em orgias e bebedices,

não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes;

mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e não vos preocupeis

com a carne para não excitardes as suas cobiças.» (Romanos 13:13-14)


Agostinho narra que depois de ler Romanos 13.13-14 uma luz serena penetrou-lhe o coração e todas as trevas da dúvida fugiram. Quando a conversão chegou, tudo mudou em Agostinho:


“De tal forma me convertestes a Vós que eu já não procurava

esposa, nem esperança alguma do século, mas

permanecia firme naquela regra de fé em que tantos anos antes

me tínheis mostrado a minha mãe”.


( Santo Agostinho, Confissões ,1999, p. 224)


“Santo Agostinho e sua dinâmica vívida da conversão vive hoje na família Agostiniana que lhe reconhece como Pai, no culto da Igreja que o venera como Santo, em todas as almas recuperadas que lhe devem o seu retorno a Deus e nas mentes que o admiram por seu gênio fecundo e disponível às conversões que aproximam cada vez mais de Deus.” (http://www.santarita-oar.org.br/index.php/santo-agostinho/conversao)


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