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Fraternidade e superação da violência


A Paróquia Nossa Senhora das Graças por ocasião da Campanha da Fraternidade de 2018, que tem como tema FRATERNIDADE E SUPERACÃO DA VIOLÊNCIA, e como lema "Vós sois todos irmãos" ( Mt 23,8), nos convidou a refletir ao divulgar um impresso onde abordava a questão. Nele se enfatiza, que o controle da violência pode ser exercido mediante ao emprego de medidas fraternas que devem estar agregadas a nossa conduta habitual.


Abaixo transcrevemos o texto e ao final da página, disponibilizamos o conteúdo em pdf para download e impressão, na esperança que seja veiculado aonde couber e que, assim, auxilie a promover a paz.

Paróquia Nossa Senhora das Graças

Marechal Hermes

A Campanha da Fraternidade de 2018 tem como tema FRATERNIDADE E SUPERACÃO DA VIOLÊNCIA, e como lema "Vós sois todos irmãos" ( Mt 23,8). A CNBB propõe que a CF seja aprofundada para levar a uma autêntica conversão religiosa e social.

Buscar a justiça, jamais a vingança. Todos temos o direito de termos restaurado o que nos foi tirado, seja o bom nome, seja um bem material. Para isso existem as várias instâncias judiciais. A vingança, contudo é retaliação; é violência que gera mais violência a partir da violência. A vingança não tem justificativa, nunca.


Acolher diferente. Permitir que o outro seja quem é, sem discriminação ou excluí-Io. Posso não concordar com ele, mas jamais o condenarei por ser quem ele é. Respeito-o porque, como gente, ele é merecedor de respeito, independentemente de suas opções.


Ser flexível. Quem não verga, quebra. A rigidez de quem é inflexível leva à violência até por situações sem importância. Se sou flexível, me ajusto ao momento e as pessoas, sem, é claro, repudiar ou renunciar a quem sou.


Ter paciência. Cada pessoa tem o seu ritmo de pensar e de agir; "É necessário aprender a conviver para não forçar o outro a andar mais depressa do que consegue. Ao ser paciente, eu dou ao outro a possibilidade de viver a vida segundo quem ele é.


Não corrigir para humilhar. A correção só tem sentido quando tem como objetivo o bem do outro. Mas é improdutiva, e pode levar à violência, quando feita para diminuir ou “provar” ao outro que ele é o culpado, ou menos capacitado do que imagina. Sem amor a correção pode ser não apenas inútil, mas também agressiva.


Aceitar que o outro também erra. Por sermos todos limitados e pecadores, temos que aprender que neste mundo não há pessoas perfeitas. Se eu não sou, como posso exigir que o outro seja? A coerência nos faz conscientes de que só há convivência quando acolho o outro como um ser imperfeito, com direito de ser limitado e de errar.


Aprender a pedir perdão. Tantas mortes e agressões acontecem porque não somos capazes de abrir mão do nosso orgulho, por não darmos o primeiro passo em busca da reconciliação. Essa dureza de coração leva a confrontos que poderiam ser evitados com um pedido e/ou aceitação do perdão. Não perdoar é falta de sabedoria, já que com o perdão todos saem ganhando.


Evitar discutir assuntos que incitam a agressão. Que vantagem há em discutir religião, futebol e Política, por exemplo? Dialogar e trocar ideias, sim; discutir, não. Esses confrontos não aproximam as pessoas, antes as afastam e podem levar à inimizades. Aprendamos com Voltaire: "Posso não concordar com uma só palavra sua, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-la".


Dirigir defensivamente. É impressionante que a violência no trânsito leve a tantas brigas, acidentes e crimes. Dirigir com responsabilidade e atenção evita muitas situações de agressão e morte. O motorista “ofensivo" é um criminoso com uma arma mortal em mãos.


Ser capaz de perder para não brigar. As vezes ganhar é perder! Ceder pelo bem do outro é uma atitude inteligente e não tem nada a ver com covardia. Sempre que há violência, todos perdem. Então porque não ceder para que ambos ganhem? As nossas "valentias" do dia a dia prejudicam a todos, a começar por quem as pratica.


Controlar o próprio temperamento. Quem é explosivo com certeza não o é por maldade, mas precisa tomar consciência de que suas ações são desproporcionais as diversas situações que vivência. O cuidar de si até a decisão de procurar ajuda especializada, faz da pessoa explosiva um ser humano que descobre a alegria de conviver pacificamente.


Aceitar o conflito, nunca o confronto. Ouvi várias vezes as palavras sábias de Mário Sergio Cortella: "O conflito é a divergência em que se busca o consenso. Já o confronto é a tentativa de anular a outra pessoa". Sendo diferentes, não escapamos do conflito, mas não temos porque optar pelo confronto; este leva incondicionalmente à violência.


Discordar com respeito e caridade. O problema não está em discordar, mas, no como se discorda. Também nesse contexto, é necessário, perceber o quanto é mentiroso o ditado popular que diz que "perguntar não ofende". Há quem pergunte não porque quer uma resposta, mas para fazer da pergunta uma agressão que machuca. As palavras podem ferir mais que punhais; e o tom, mais que as palavras" (Frederico ll).


Evitar a maledicência. Que vantagem existe em sair por aí espalhando o mal que os outros fazem? A desvantagem é visível: afunda-los ainda mais no mal, sem dar a eles a possibilidade da mudança. Vale também lembrar da violência gerada pela calúnia, quando se afirma, conscientemente, que o outro fez o que não fez. Da maledicência e da calúnia proveem muitos desentendimentos, alguns graves.


Não alimentar a ira. Irritar-se é um ato humano instintivo, uma reação ao mal. Sentir ira não é o problema; este só se concretiza quando eu o alimento, permitindo que se torne raiva e depois ódio. Quem controla a ira evita na fonte o nascimento de atitudes violentas.


Criar um ambiente de paz. Onde você estiver, seja alguém que promove a paz e que esvazia o confronto. Há pessoas que, estejam onde estiverem, irradiam paz; mas há outras que, onde estão, há confusão. Para ser um gerador de paz é necessário tê-la no coração e na mente. A harmonia interna leva a práticas que evitam a violência.


Não fazer aos outros aquilo que não gostaria que fizessem a você. É a chamada "regra de ouro". É não permitir que a violência nasça; é prevenir para não precisar remediar!


Converter-se! Mudar o estilo de viver, trocar o modo de agir, abandonar o caminho do "olho por olho, dente por dente". Ao olhar para Jesus, somos chamados a oferecer a outra face, isto é, a não dar continuidade a violência (isso sem perder o direito à justiça). Sendo cristãos, somos pessoas de paz. E senão tem sido, a conversão é o chamado para que o sejamos. A fé, dom de Deus, é um apelo constante no sentido de superar a violência a partir do amor a Deus e ao próximo. Afirmam os Bispos do Brasil “Jesus se declara presente nos sofredores e, o que é feito ou negado a eles, declara feito ou negado a si mesmo, fazendo do amor-serviço o critério do julgamento. Com essas atitudes, corta-se a raiz mais profunda da violência, da exclusão, da exploração e de toda discórdia" (CNBB, DGAE 2015-2019, n. 11).

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