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S A L M O S

Senhor, socorre nosso povo!


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(43)


1 [Ao maestro do coro. Poema dos filhos de Coré.]


2 Deus, ouvimos com nossos ouvidos, os nossos pais nos contaram os feitos que realizaste
nos tempos deles, nos tempos antigos, com tua mão!


3 Expulsaste nações para estabelecê-los; afligiste povos para dilatá-los.


4 Pois não foi com a espada que tomaram a terra nem foi o braço deles que lhes deu a vitória.
Mas foi tua mão direita, teu braço, e o esplendor do teu rosto, porque os amavas.


5 Eras tu, meu rei e meu Deus, que comandavas as vitórias de Jacó.


6 Contigo enfrentávamos nossos inimigos, com o teu nome pisávamos nossos adversários.


7 De fato, eu não confio no meu arco e não é minha espada que me salva.


8 Mas tu nos salvaste dos nossos inimigos, humilhaste os que nos odiavam.


9 Em Deus nos gloriávamos todo dia, e teu nome louvávamos para sempre.


10 Porém nos rejeitaste, cobrindo-nos de vergonha, não sais mais à frente das nossas fileiras;


11 fizeste-nos recuar diante do inimigo, e os que nos odeiam se enriqueceram de despojos.


12 Fizeste de nós ovelhas a serem devoradas e nos dispersaste no meio das nações.


13 Vendeste teu povo por um nada, e nada lucraste com a venda deles.


14 Fizeste de nós um ludíbrio para nossos vizinhos, objeto de zombaria e desdém para os que
nos rodeiam.

15 Fizeste de nós uma fábula no meio das nações, um motivo de se menear a cabeça entre os
povos.


16 Minha vergonha está o dia todo à minha frente, meu rosto se cobre de rubor


17 ao ouvir aquele que ultraja e insulta, à vista do inimigo e do vingador.


18 Tudo isso nos aconteceu, sem que nos tenhamos esquecido de ti nem traído tua aliança.


19 Nosso coração não voltou para trás, nem nossos passos se desviaram do teu caminho.


20 Tu nos humilhaste num lugar de chacais, e estendeste sobre nós a sombra da morte.


21 Se tivéssemos esquecido o nome do nosso Deus e erguido as mãos para um deus
estrangeiro,


22 não teria Deus descoberto o fato, já que Ele conhece os segredos do coração?


23 Sim, por tua causa somos levados à morte todo dia, tratados como ovelhas para o
matadouro.


24 Levanta-te, por que dormes, Senhor? Desperta, não nos rejeites para sempre.


25 Por que escondes teu rosto e não te preocupas com nossa miséria e aflição?


26 Sim, nossa alma está prostrada ao pó, à terra está colado o nosso ventre.


27 Surge em nosso socorro; resgata-nos pela tua misericórdia.

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